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Saturday, December 25, 2010

ALZHEIMER - INTERESSANTÍSSIMO

Mesmo que você ainda não esteja na idade de risco do Alzheimer, passe as informações para frente, para seus pais, tios, avós, amigos etc.

Alzheimer-Interessantíssimo
A cada 1 minuto de tristeza perdemos a oportunidade de sermos felizes por 60 segundos.
Sobre o Alzheimer
Roberto Goldkorn é psicólogo e escritor
Meu pai está com Alzheimer. Logo ele, que durante toda vida se dizia 'o Infalível'. Logo ele, que um dia, ao tentar me ensinar matemática, disse que as minhas orelhas eram tão grandes que batiam no teto. Logo ele que repetiu, ao longo desses 54 anos de convivência, o nome do músculo do pescoço que aprendeu quando tinha treze anos e que nunca mais esqueceu: esternocleidomastóideo.
O diagnóstico médico ainda não é conclusivo, mas, para mim, basta saber que ele esquece o meu nome, mal anda, toma líquidos de canudinho, não consegue terminar uma frase, nem controla mais suas funções fisiológicas, e tem os famosos delírios paranóicos comuns nas demências tipo Alzheimer.
Aliás, fico até mais tranqüilo diante do 'eu não sei ao certo' dos médicos; prefiro isso ao 'estou absolutamente certo de que.....', frase que me dá arrepios.
E o que fazer... para evitarmos essas drogas?
Como?
Lendo muito, escrevendo, buscando a clareza das idéias, criando novos circuitos neurais que venham a substituir os afetados pela idade e pela vida 'bandida'.
Meu conselho: é para vocês não serem infalíveis como o meu pobre pai; não cheguem ao topo, nunca, pois dali só há um caminho: descer. Inventem novos desafios, façam palavras cruzadas, forcem a memória, não só com drogas (não nego a sua eficácia, principalmente as nootrópicas), mas correndo atrás dos vazios e lapsos.
Eu não sossego enquanto não lembro do nome de algum velho conhecido, ou de uma localidade onde estive há trinta anos.. Leiam e se empenhem em entender o que está escrito, e aprendam outra língua, mesmo aos sessenta anos.
Coloquem a palavra FELICIDADE no topo da sua lista de prioridades: 7 de cada 10 doentes nunca ligaram para essas 'bobagens' e viveram vidas
medíocres e infelizes - muitos nem mesmo tinham consciência disso.
Mantenha-se interessado no mundo, nas pessoas, no futuro. Invente novas receitas, experimente (não gosta de ir para a cozinha? Hum...
Preocupante) . Lute, lute sempre, por uma causa, por um ideal, pela felicidade. Parodiando Maiakovski, que disse 'melhor morrer de vodca do que de tédio', eu digo: melhor morrer lutando o bom combate do que ter a personalidade roubada pelo Alzheimer.
Dicas para escapar do Alzheimer:
Uma descoberta dentro da Neurociência vem revelar que o cérebro mantém a capacidade extraordinária de crescer e mudar o padrão de suas conexões.
Os autores desta descoberta, Lawrence Katz e Manning Rubin (2000), revelam que NEURÓBICA, a 'aeróbica dos neurônios', é uma nova forma de exercício cerebral projetada para manter o cérebro ágil e saudável, criando novos e diferentes padrões de atividades dos neurônios em seu cérebro. Cerca de 80% do nosso dia-a-dia é ocupado por rotinas que, apesar de terem a vantagem de reduzir o esforço intelectual, escondem um efeito perverso; limitam o cérebro.
Para contrariar essa tendência, é necessário praticar exercícios 'cerebrais' que fazem as pessoas pensarem somente no que estão fazendo, concentrando- se na tarefa. O desafio da NEURÓBICA é fazer tudo aquilo que contraria as rotinas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional.

Tente fazer um teste:
- use o relógio de pulso no braço direito;
- escove os dentes com a mão contrária da de costume;
- ande pela casa de trás para frente; (vi na China o pessoal treinando isso num parque);
- vista-se de olhos fechados;
- estimule o paladar, coma coisas diferentes; (conheço tanta gente que só quer comer a mesma coisa)
- veja fotos de cabeça para baixo;
- veja as horas num espelho;
- faça um novo caminho para ir ao trabalho.
A proposta é mudar o comportamento rotineiro!
Tente, faça alguma coisa diferente com seu outro lado e estimule o seu cérebro. Vale a pena tentar!
Que tal começar a praticar agora, trocando o mouse de lado?
Que tal começar agora enviando esta mensagem, usando o mouse com a mão esquerda?
FAÇA ESTE TESTE E PASSE ADIANTE PARA SEUS (SUAS) AMIGOS (AS).
'Critique menos, trabalhe mais. E, não se esqueça nunca de agradecer!'
Sucesso para você!!!

Obs. Esta mensagem foi enviada por mim, com a mão esquerda.

Sunday, December 19, 2010

"Quem és, deixa marca".

Uma professora de Nova York decidiu honrar cada um de seus alunos que estavam por se graduar no colégio, falando-lhes da marca que cada um deles havia deixado.

Chamou cada um dos estudantes à frente da classe, um a um. Primeiro, contou a cada um como haviam deixado marca na vida dela e na da turma.


Logo presenteou cada um, com uma faixa azul, impressa com letras douradas, na qual se lia, “Quem sou deixa marca.”

Por fim, a mestra decidiu fazer um projeto de aula para ver o impacto que o reconhecimento teria na comunidade.

Deu a cada aluno mais três faixas azuis e lhes pediu que levassem adiante esta cerimônia de reconhecimento. E que deveriam acompanhar os resultados, ver quem premiou quem, e informar à turma no final de uma semana.

Um dos alunos foi ver um jovem executivo

de uma indústria próxima e o premiou por tê-lo ajudado com o planejamento de sua carreira. Deu-lhe uma faixa azul, e colou-a em sua camisa.

Em seguida deu-lhe as duas faixas extras e lhe disse: “Estamos fazendo em aula um projeto de... ‘reconhecimento’, e gostaríamos que você encontrasse alguém a quem premiar e lhe desse uma faixa azul.”

Mais tarde, nesse mesmo dia, o jovem executivo foi ver seu chefe que tinha reputação de ser uma pessoa amargurada, e lhe disse que o admirava profundamente por ser um gênio criativo.

O chefe pareceu ficar muito surpreso. Então o jovem executivo lhe perguntou se ele aceitaria o presente da faixa azul e se lhe dava permissão de colocá-la em sua camisa.

O chefe disse: “Bem…claro!” Então o jovem executivo pegou uma das faixas azuis e a colocou no casaco do chefe, bem sobre seu coração…

…e oferecendo-lhe a última faixa, perguntou: “Poderia pegar esta faixa extra e passá-la a alguém mais a quem queira premiar?”

“O estudante que me deu estas faixas está fazendo um projeto de aula, e queremos continuar esta cerimônia de reconhecimento para ver como vai afetar as pessoas.”

Nessa noite, o chefe chegou em casa, sentou- se com seu filho de 14 anos, e lhe disse: “Hoje me aconteceu algo incrível!”

“…estava no meu escritório e um de meus empregados veio e me disse que me admirava; então me deu uma faixa azul por me considerar um gênio criativo.”

“Imagina! Ele pensa que eu sou um gênio criativo!

Logo me pôs uma faixa azul que diz:

‘Quem sou deixa marca.’ ”

“Deu-me uma faixa extra e me pediu que encontrasse alguém mais a quem premiar. Quando eu estava dirigindo para casa esta noite, comecei a pensar a quem poderia premiar com esta faixa, e pensei em ti. Quero premiar a ti.”

“Meus dias são muito agitados e quando venho para casa, não te dou muita atenção; grito contigo por não tirar boas notas e pela desordem em teu quarto…”

“Por isso, esta noite, só quero sentar-me aqui e …bem… te dizer que és muito importante para mim.”

“Tu e tua mãe são as pessoas mais importantes em minha vida. És um grande garoto e te amo muito!”

O garoto surpreendido começou a soluçar e a chorar, e não conseguia parar. Todo o seu corpo tremia.

Olhou para seu pai e entre lágrimas lhe disse: “Papai, momentos atrás me sentei em meu quarto e escrevi uma carta para ti e para mamãe, explicando porque tinha tirado minha vida, e lhes pedia que me perdoassem.”

“Ia me suicidar esta noite depois de vocês terem dormido. Eu pensava que vocês não se importavam comigo.”

“A carta está lá em cima, mas não creio que eu vá precisar dela, depois de tudo o que conversamos.”

Seu pai subiu ao segundo piso e encontrou a carta, sincera e cheia de angústia e dor.

No dia seguinte, o chefe regressou ao trabalho totalmente modificado. Já não estava amargurado, e se empenhou em fazer todos os seus empregados saberem que cada um deles faz a diferença.

Por outro lado, o jovem executivo ajudou muitos outros jovens a planejarem suas carreiras, inclusive o filho do chefe, e nunca se esqueceu de recordar-lhes que eles deixavam marcas em sua vida.

Ainda mais, o jovem e seus companheiros de classe aprenderam uma lição muito valiosa.


“Quem és, deixa marca”.

Para meus filhos aos quais muito admiro.
Artur

Friday, December 17, 2010

Etiqueta em academia

Onze regras de etiqueta para a academia
Higiene, bom senso e educação são fundamentais mesmo em ambientes informais

Chris Bertelli, iG São Paulo


Depois de suar em qualquer aparelho, não esqueça de limpar o local utilizado

Suor no aparelho de musculação, palavrões, desodorante vencido, celular tocando durante a aula de alongamento... nas academias, sobra vontade de ficar em forma, mas, muitas vezes, falta educação.

Catarina Andrade, 20 anos, sofre com a falta de etiqueta de alguns colegas de malhação.

“Não tem coisa pior do que sentar em um aparelho e subir aquele cheiro de suor alheio”, relata a estudante. E essa reclamação não é incomum.

“Isso acontece bastante. Mesmo deixando álcool e pano disponíveis, muitos alunos não fazem a higiene depois de terminar o exercício”, diz Regiane Naves, gerente da academia Competition, de São Paulo.

Danuzia Oliveira, gerente da Cia Athletica, da capital paulista, reforça o coro. “É muito desagradável encontrar um aparelho totalmente escorrendo. Caso não queira limpar, basta chamar alguém responsável pela limpeza para fazê-lo" recomenda.

Atitudes como essa costumam ser unanimemente apontadas como falta de etiqueta. Assim como monopolizar o equipamento de ginástica. “Não sair da esteira, bicicleta ou elíptico ao término de seu tempo é muito desagradável”, afirma a diretora regional da Bio Ritmo, Nani Dantas. E na hora de utilizar um aparelho de musculação, não se zangue se alguém pedir para revezar com você. “É de bom tom e estimula a cordialidade”, ressalta Álvaro Junior, coordenador técnico da Runner.

Outras atitudes, no entanto, dividem os professores. “Gritar” durante o treino de musculação, por exemplo.

“A pessoa que grita está tentando levantar algo que não aguenta. Se ela sabe o quanto consegue erguer de carga, se concentra, contrai coluna e abdome, respira, e faz a força adequada, não grita!”, avalia Danuzia. Regiane concorda: “homens quando puxam peso costumam gritar, ou jogam os pesos no chão. Já percebi que incomoda outras pessoas, que elas olham torto.” Para Álvaro Junior, no entanto, a atitude é natural.

O figurino utilizado também levanta discussões. Apesar de ser um ambiente propício a roupas mais justas, e até mais curtas, é preciso cuidado para não exagerar. “Não é proibido usar decote, mas é importante não abusar, pois outros alunos podem se sentir incomodados”, diz Danuzia. “Não chega a ser falta de etiqueta, em geral acho que as pessoas precisam ter bom senso”, acredita Álvaro.

Confira as dicas para manter a linha dentro da academia:

Suou, limpou!
Não custa nada passar um pano com álcool no aparelho de musculação depois de usá-lo. Assim, o ambiente fica mais higiênico, livre de cheiros desagradáveis e sempre limpo. “Se você não utiliza sua toalha de treino, que previne molhar o aparelho, é essencial que ao término do exercício higienize e seque o equipamento”, aconselha Nani Dantas, diretora regional da Bioritmo.

Sem reservas
Ocupar o aparelho e não deixar que outra pessoa o utilize enquanto termina suas séries é deselegante. Ainda mais se a academia estiver lotada. “É de bom tom revezar. Enquanto você descansa da série, outra pessoa pode usar”, avalia Álvaro Junior.

Nas aulas como spininning e jump, que utilizam bicicleta e cama elástica, não reserve espaço para um amigo. “Não é educado. Há pessoas que reservam equipamentos, saem no meio da aula, tirando a vaga de alguém que gostaria de ter feito a aula inteira”, pondera a gerente técnica da Cia Athlética, Danuzia Oliveira.

Roupa suja se lava em casa
O vestiário, como o próprio nome já sugere, é o local para se trocar, guardar pertences e tomar banho. Mas lavar a roupa utilizada na ginástica já é um pouco demais... “Eu já vi homem lavando cueca, short, tudo no chuveiro. Não dá”, reclama Álvaro. “Além disso, tem aqueles que vão se barbear na pia, mas ficam lá pelados, de frente para o espelho”, completa.

Nu com a mão no bolso
Por mais que o vestiário seja propício à pouca roupa, o ideal é não abusar da nudez. “É um ambiente com várias pessoas diferentes, elas podem se incomodar com alguém andando pelado de um lado para o outro, secando o cabelo sem roupa”, diz Regiane Naves.


Conversar no celular pode atrapalhar os demais, além de diminuir seu rendimento

Aperte o off
Inspire fundo, expire aliviando todas as tensões, relaxe os músculos e... trim, trim, trim... em apenas três toques o telefone celular quebrou o clima da aula de relaxamento e deixou muita gente assustada achando que o chefe estava ligando. Definitivamente, o aparelho deve ficar desligado durante as aulas. Atender a ligação, só em casos muito urgentes. “Além de deixar o telefone ligado, atende e fica falando no meio da aula, atrapalhando os demais alunos”, diz Álvaro.

Palavras mágicas
Bom dia, boa tarde e boa noite são essenciais e não devem ser dispensados nem em locais mais informais, como a academia. Cumprimentar funcionários, professores e alunos é importante para manter a cordialidade dentro desse – e de qualquer outro – ambiente. Também não se esqueça do "por favor", "obrigada" e outras palavras educadas.

Higiene sempre
Para quem sai cansado do trabalho e não vê a hora de chegar na academia para uma aula de natação, é legal não esquecer de passar na ducha antes de entrar na piscina. É importante retirar o suor do dia e manter a água limpa.

Imprescindível também é reforçar o desodorante antes de enfrentar a malhação. Mas, cuidado para não errar na dose. “Colocar um perfume para treinar é over, assim como deixar de usar um desodorante”, diz Danuzia Oliveira.

Algumas academias oferecem sauna para os alunos. Na hora de relaxar, no entanto, lembre-se de usar uma roupa de banho ou uma toalha. Sentar nu no local, além de não ser higiênico, pode constranger as pessoas.

Língua de trapo
Falar mal da vida alheia pode trazer problemas para você e para os outros. “Às vezes, a pessoa está acima do peso e já se sente insegura ao entrar na academia. Se percebe que alguém está comentando, pode até desistir”, afirma Álvaro, coordenador técnico da Runner.

Sem bagunça
Pesos fora do lugar, celular ou garrafa de água deixados em cima de aparelhos são atitudes malvistas por alunos e professores. Assim que encerrar o usar dos pesos, guarde-os no lugar correto, evitando que alguém se machuque. A dica vale também para os demais equipamentos “Quando terminar a sua série em um aparelho de pesos livres, retire a carga utilizada, pois não se sabe quem o utilizará depois e pode ser que o próximo usuário não suporte aquela carga”, recomenda Danuzia Oliveira.

Respeitar o espaço coletivo
O vestiário é um espaço coletivo e, como tal, deve poder seu utilizado por todas as pessoas. Mantenha suas coisas juntas, não deixe bolsa e pertences espalhados, ocupando um grande espaço.


Outro ponto importante e que costuma trazer confusão é o sistema de refrigeração da academia. Seja ventilador ou ar-condicionado, é muito difícil chegar a um consenso, mas nem por isso é válido impor a própria vontade. “Aquele aluno que liga o ventilador sem perguntar para a pessoa ao lado se ela se importa ou não está sendo muito deselegante. O mesmo vale para quem mexe no aparelho, voltando-o para sua direção, sem se importar com os demais. São atitudes egoístas e deselegantes”, avalia Álvaro Junior.

A recepção é a primeira impressão que se tem da academia e as pessoas que estão ali precisam ficar atentas para garantir a segurança do espaço. Portanto, deixe para conversar com os amigos em outro local. “Eu já vi pessoas saírem na recepção só de roupa íntima ou de roupão, é preciso bom-senso”, alerta Regiane Naves.

Transparência, decote e minis
Dentro da academia, trajes mais justos são aceitáveis, como calças de ginástica, tops e outros modelos. No entanto, é preciso ficar atento para não ultrapassar uma fina linha entre o que é ou não admissível. “Não é proibido usar decote, mas é importante não abusar, pois outros alunos podem se sentir incomodados”, afirma Danuzia Oliveira.

Thursday, December 16, 2010

ENTUSIASMO

A palavra entusiasmo vem do grego e significa "ter um deus dentro de si". Os gregos eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses. A pessoa entusiasmada era aquela "preenchida" por um dos deuses e por isso poderia transformar a natureza e fazer as coisas acontecerem. Assim, se você fosse entusiasmado por Deméter (deusa da Agricultura, chamada Ceres na mitologia romana) você seria capaz de fazer acontecer a melhor colheita, e assim por diante. Segundo os gregos, só as pessoas entusiasmadas eram capazes de vencer os desafios do cotidiano, criar uma realidade ou modifica-la. Portanto, era preciso entusiasmar-se, ou seja, "abrigar um deus em si"!

Por isso, as pessoas entusiasmadas acreditam em si, agem com serenidade, alegria e firmeza. E acreditam igualmente nos outros entusiasmados. Não é o sucesso que traz o entusiasmo, é o entusiasmo que traz o sucesso. O entusiasmo é bem diferente do otimismo.

Otimismo significa esperar que uma coisa dê certo.


Entusiasmo é acreditar que é possível fazer dar certo.

Sunday, December 05, 2010

Sobre a Vírgula

Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI
(Associação Brasileira de Imprensa)



Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere...



Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.



Pode criar heróis..
Isso só, ele resolve.

Isso só ele resolve.



Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.



A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.



A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!



Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.



Detalhes Adicionais:



SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.



* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER... * Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM...

"Família é prato difícil de preparar"

(do livro "O Arroz de Palma",de Francisco Azevedo)



Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é

um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo. Pouco importa a

qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência.

Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes,

dá até vontade de desistir. Preferimos o desconforto do estômago vazio. Vêm

a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e

aquele fastio. Mas a vida, (azeitona verde no palito) sempre arruma um jeito

de nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo põe a mesa, determina o número

de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida.

Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais

brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou,

endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto,

abundante. Aquele o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais

apaixonada. A outra, a mais consistente.

E você? É, você mesmo, que me lê os pensamentos e veio aqui me fazer

companhia. Como saiu no álbum de retratos? O mais prático e objetivo? A mais

sentimental? A mais prestativa? O que nunca quis nada com o trabalho? Seja

quem for, não fique aí reclamando do gênero e do grau comparativo. Reúna

essas tantas afinidades e antipatias que fazem parte da sua vida. Não há

pressa. Eu espero. Já estão aí? Todas? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue

a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também

estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar. Família é

prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de

tristeza.


Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se

misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África

e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais

colorida, interessante e saborosa.

Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo

e, pronto, é um verdadeiro desastre. Família é prato extremamente sensível.

Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. Outra coisa: é preciso

ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a

colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. Uma grande amiga minha

desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora

errada.

O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita.

Bobagem. Tudo ilusão. Não existe Família à Oswaldo Aranha; Família à

Rossini, Família à Belle Meuni; Família ao Molho Pardo, em que o sangue é

fundamental para o preparo da iguaria. Família é afinidade, é a Moda da

Casa. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.

Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também

as que não têm gosto de nada, seriam assim um tipo de Família Dieta, que

você suporta só para manter a linha. Seja como for, família é prato que

deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é

insuportável, impossível de se engolir.


Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo

aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. A gente

cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no

pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança. Principalmente na cabeça

de um velho já meio caduco como eu. O que este veterano cozinheiro pode

dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é

prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie.

Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na

porcelana, na louça, no alumínio ou no barro. Aproveite ao máximo. Família é

prato que, quando se acaba, nunca mais se repete.

Friday, December 03, 2010

ACESSIBILIDADE NA VIA PÚBLICA – CALÇADA

Ana Carolina Araujo Pereira
Arquiteta e Urbanista do Ministério Público
do Estado de Minas Gerais



O direito de todos à igualdade e à segurança, sem distinção de qualquer natureza, é garantido pela Constituição Federal. Entretanto, numa simples caminhada pelas calçadas das cidades brasileiras, verificamos que estas não garantem esses direitos fundamentais a todos indistintamente, principalmente às pessoas que possuem algum tipo de dificuldade de locomoção.
Com o grande crescimento das cidades no último século, principalmente dos grandes centros urbanos, o automóvel ganhou espaço de destaque nas vias públicas, sendo por vezes considerado “o maior urbanista do século XX”. As vias públicas são projetadas para o automóvel e o pedestre fica cada vez mais sem importância. “Nossas calçadas e passeios públicos, destinados à mobilidade básica dos cidadãos, tornam-se cada vez mais estreitas e congestionadas.” (PASSAFARO, 2003)
“Caminhar a pé é uma das atividades mais fundamentais do ser humano. Em princípio é uma atividade disponível a partir dos 2 anos de vida até a morte.” (GOLD, 2003) Além disso, praticamente, todos os deslocamentos envolvem pelo menos um percurso a pé, sendo que, em algum momento, todo mundo é pedestre.
Não basta lutarmos para implementar a acessibilidade nas edificações e meios de transporte, se as pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, aqui incluídos os idosos, não conseguem chegar até eles. As calçadas são o principal acesso às edificações e aos meios de transporte.
A construção de vias e espaços públicos acessíveis é obrigatória, segundo a Lei Federal 10 098/2000, e o Decreto 5296/2004.
“Art. 3º O planejamento e a urbanização das vias públicas, dos parques e dos espaços de uso público deverão ser concebidos e executados de forma a torná-lo acessíveis para as pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.” (Lei Federal 10098/2000).
No caso de Belo Horizonte, a legislação municipal de acessibilidade, assim como o Código de Posturas, Lei 8616/2003, e o decreto que o regulamenta, Decreto 11601/2004, também garantem a execução de vias e espaços públicos acessíveis.
Entretanto, o que encontramos na maioria dos casos são calçadas em mau estado de conservação, cheias de buracos, desníveis e obstáculos. Essas não são construídas conforme os critérios determinados pela legislação vigente e pelas normas técnicas de acessibilidade.
“A qualidade da calçada para pedestre pode ser definida e medida, principalmente, em termos de três fatores: fluidez, conforto e segurança.” (GOLD, 2003)
Segundo Wright (2001), uma calçada construída segundo os critérios de acessibilidade e de acordo com os princípios de desenho universal atende às necessidades de todos, de crianças e a idosos, inclusive pessoas com deficiência.
Uma calçada acessível deve atender vários critérios definidos pela norma técnica “Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos” (NBR 9050/2004), da Associação Brasileira de Normas Técnicas, e à legislação vigente.
A largura das calçadas deve compreender a faixa livre de passagem, a faixa de mobiliário e arborização e, em áreas comerciais e de serviços, a faixa de interferência dos imóveis. A faixa livre de passagem é a mais importante, sendo destinada ao trânsito de pedestres, devendo ter sua largura definida de acordo com o fluxo médio de pessoas. Recomenda-se uma faixa livre de passagem com largura mínima de 1,50m. Todo tipo de mobiliário público e vegetação deve-se concentrar na faixa de mobiliário e arborização, que deve ficar próxima ao meio-fio. Esta faixa funciona também como área de separação entre a via de tráfego e o espaço destinado ao pedestre, proporcionando maior segurança. Nas áreas comerciais e de serviços, recomenda-se prever também uma faixa de interferência dos imóveis, destinada à transição entre o passeio e as edificações lindeiras.
Na faixa livre de passagem não deve haver nenhum tipo de obstáculo, como desníveis e mobiliário, e qualquer tipo de interferência aérea sobre a faixa livre de circulação deve ter altura mínima de 2,10m.
O piso das calçadas, principalmente da faixa livre, deve ser antiderrapante e resistente, além de possuir superfície contínua, sem ressalto ou depressão. Segundo Gold (2003), considerando fluidez, conforto e segurança dos pedestres, concreto é a superfície preferida para passeios, sendo indicado o uso de blocos de concreto intertravados. As calçadas devem ser livres de qualquer obstáculo, como desníveis, buracos e mobiliário urbano na faixa livre de passagem, sendo proibido o uso de cunhas no alinhamento para acesso às edificações. Eventuais desníveis existentes no acesso às edificações devem ser eliminados no interior do lote.
As calçadas devem ser construídas acompanhando o greide da rua, sendo proibida a construção de degraus em vias com declividade de até 14%. A inclinação transversal dos passeios deve ser máxima de 3% em direção ao meio-fio, de modo a garantir o escoamento das águas superficiais.
Nas esquinas e travessias de pedestres, deve haver rebaixos de meio-fio e rampas ou faixa de travessia elevada, de modo que a rota acessível não seja interrompida. Existem vários tipos de rebaixo de meio-fio para travessia de pedestres, os quais devem ser escolhidos de acordo com as características da via e da calçada. As rampas para acesso de pessoas portadoras de deficiência devem ter inclinação máxima de 8,33%, devem estar alinhadas quando localizadas em lados opostos da via e devem atender aos demais critérios da norma NBR 9050/2004, da ABNT.
Outro ponto importante a ser observado nas calçadas é a sinalização tátil, para a adequada circulação de pessoas portadoras de deficiência visual com segurança e autonomia. Há dois tipos de piso tátil, um de alerta, que deve ser usado nos desníveis, faixas de travessias e sobre o mobiliário urbano, e outro direcional, que deve ser usado em locais amplos indicando uma direção preferencial.
“As leis municipais normalmente responsabilizam cada proprietário pela manutenção das boas condições do trecho de calçada em frente a sua edificação.” (GOLD, 2003). O poder público fica responsável somente pela execução dos canteiros centrais.
“Art. 12 Cabe ao proprietário de imóvel lindeiro a logradouro público a construção do passeio em frente à testada respectiva, a sua manutenção e a sua conservação em perfeito estado.” (Código de Posturas do Município de Belo Horizonte).
Esse fato, muitas vezes, resulta em uma grande variedade de tratamentos, com a mudança de pavimentação a cada lote, desníveis na interseção entre calçadas vizinhas e diferentes níveis de manutenção. Além disso, na maioria das vezes, os proprietários de imóveis não têm conhecimento da legislação e dos parâmetros técnicos e o poder público não fiscaliza as calçadas existentes.
“As condições das calçadas brasileiras variam muito, entre cidades e entre diferentes áreas e ruas de cada cidade” (GOLD, 2003). Entretanto o que se verifica, na maioria das vezes, são calçadas e passeios públicos em precário estado de conservação, com buracos e desníveis, além de possuírem piso escorregadio. Os rebaixos de meio-fio e rampas nas travessias de pedestre são insuficiente e também não atendem aos critérios de acessibilidade determinados pela norma técnica.
Para melhorar as condições de segurança e acessibilidade das calçadas faz-se necessário uma mudança de postura. O poder público municipal deve se responsabilizar pela construção e conservação de todas as calçadas do município, ou adotar uma política eficiente de fiscalização e orientação dos proprietários para uma correta execução.


Referências Bibliográficas:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2004. 97p.
BELO HORIZONTE. Lei 8616, de 14 de julho de 2003. Contém o Código de Posturas do Município de Belo Horizonte.
BELO HORIZONTE. Decreto 11601, de 9 de janeiro de 2004. Regulamenta a Lei 8616, de 14 de julho de 2003, que contém o Código de Posturas do Município de Belo Horizonte.
BELO HORIZONTE, Lei 9078, de 19 de janeiro de 2005. Estabelece a política da pessoa com deficiência para o Município de Belo Horizonte e dá outras providências.
BRASIL. Senado Federal. Secretaria-Geral da Mesa. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988.
BRASIL. Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.
BRASIL. Decreto 5296, de 2 de dezembro de 2004. Regulamenta as Leis 10048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências
COMISSÃO PERMANENTE DE ACESSIBILIDADE – CPA. Guia para mobilidade acessível em vias públicas. São Paulo: PMSP, 2003. 83p.
GOLD, Philip Anthony. Nota técnica: Melhorando as condições de caminhada em calçadas. Perdizes, 2003.
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