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Thursday, December 08, 2011

Uma fábula a álcool...

Uma fábula a álcool... Celio Pezza Era uma vez, um país que disse ter conquistado a independência energética com o uso do álcool feito a partir da cana de açúcar.Seu presidente falou ao mundo todo sobre a sua conquista e foi muito aplaudido por todos. Na época, este país lendário começou a exportar álcool até para outros países mais desenvolvidos. Alguns anos se passaram e este mesmo país assombrou novamente o mundo quando anunciou que tinha tanto petróleo que seria um dos maiores produtores do mundo e seu futuro como exportador estava garantido. A cada discurso de seu presidente, os aplausos eram tantos que confundiram a capacidade de pensar de seu povo. O tempo foi passando e o mundo colocou algumas barreiras para evitar que o grande produtor invadisse seu mercado. Ao mesmo tempo adotaram uma política de comprar as usinas do lendário país, para serem os donos do negócio. Em 2011, o fabuloso país grande produtor de combustíveis, apesar dos alardes publicitários e dos discursos inflamados de seus governantes, começou a importar álcool e gasolina. Primeiro começou com o álcool, e já importou mais de 400 milhões de litros e deve trazer de fora neste ano um recorde de 1,5 bilhão de litros, segundo o presidente de sua maior empresa do setor, chamada Petrobras Biocombustíveis. Como o álcool do exterior é inferior, um órgão chamado ANP (Agência Nacional do Petróleo) mudou a especificação do álcool, aumentando de 0,4% para 1,0% a quantidade da água, para permitir a importação. Ao mesmo tempo, este país exporta o álcool de boa qualidade a um preço mais baixo, para honrar contratos firmados. Como o álcool começou a ser matéria rara, foi mudada a quantidade de álcool adicionada à gasolina, de 25% para 20%, o que fez com que a grande empresa produtora de gasolina deste país precisasse importar gasolina, para não faltar no mercado interno. Da mesma forma, ela exporta gasolina mais barata e compra mais cara, por força de contratos. A fábula conta ainda que grandes empresas estrangeiras, como a BP (British Petroleum), compraram no último ano várias grandes usinas produtoras de álcool neste país imaginário, como a Companhia Nacional de Álcool e Açúcar, e já são donas de 25% do setor. A verdade é que hoje este país exótico exporta o álcool e a gasolina a preços baixos, importa a preços altos um produto inferior, e seu povo paga por estes produtos um dos mais altos preços do mundo. Infelizmente esta fábula é real e o país onde estas coisas irreais acontecem chama-se Brasil. CELIO PEZZA é escritor. ....em tempo: Por isso que não gostam da imprensa. O texto acima foi-me enviado por e-mail pelo amigo Luiz Goes (Economista que já rodou meio mundo, tendo morado nos USA e dono do blog Observador Isento http://observador-isento.blogspot.com que recomendo aos amigos conhecerem. Situação vexatória essa do texto acima sobre álccol e gasolina e vergonhosa para quem poderia estar tendo tais produtos a preços muito mais em conta do que esvaziarmos os bolsos pagando caro por gasolina e álcool dos quais somos grandes produtores. O mesmo digo dos preços absurdos e abusivos dos carros nacionais. Lá fora, no USA por exemplo, os americanos pagam 1/3 ou menos por carros de diversas marcas, nacionais ou importadas em relação aos preços brasileiros. Essa carga tributária que podemos chamar de "Elefante Branco" que come 45% da renda individual de cada brasileiro que produz alguma coisa, causa enormes prejuizos aos nossos bolsos, que já se encontram furados ha muitos anos, solapando nossa economia doméstica, impedindo nosso conforto e nosso crescimento individual e familiar, enquanto que, lá no planalto central, os ditos "representantes do povo" nadam em piscinas recheadas daquilo que deveriamos usufruir no nosso dia-a-dia, sem nos preocuparmos com a corrupção galopante exercida por quem colocamos lá em cima. É preciso que os bons políticos escancarem essas mazelas e façam esses outros enxergarem os erros que praticam contra seu próprio povo.

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